O tema da conferência de abertura oficial do evento foi: “A Iniciação Científica - uma estratégia eficaz de transformação”, em que Wrana Maria Panizzi, do CNPq, defendeu o conhecimento como como valor. “Eu sei o quanto um encontro como este significa para cada um de nós, para a instituição, para os professores e para os estudantes; neste local [antigo Clube Floresta] onde já foram realizadas muitas festas, nossa comemoração hoje é a celebração pela oportunidade do conhecimento”, ressaltou sem deixar de propor reflexões sobre o tema: “O que significa ter conhecimento? Em que contexto nós produzimos o conhecimento e o que fazer com ele?”, indagou.
Para a professora, as políticas públicas de apoio à iniciação científica devem ser exploradas pelos estudantes. “O CNPq apoia 95 mil projetos e oferece 17 modalidades de bolsas, em todos os níveis; vocês estudantes devem cobrar de suas pró-reitorias e das fundações de amparo à pesquisa, da Fundação Araucária, da Fapesc e da Fapergs”. Segundo ela, as instituições são os espaços organizados que se tem para produzir conhecimento. “Nós temos que trabalhar na produção do conhecimento, devemos nos apropriar e participar da construção desse conhecimento”, ressalta.
A vice-presidente do CNPq afirmou que as universidades e instituições de ensino devem fomentar o pensamento, a crítica. “O mundo se sofisticou; uma sociedade sofisticada exige respostas também sofisticadas, isso requer um conhecimento mais sólido e elaborado”, diz reforçando que o Ensino a Pesquisa e a Extensão não podem ser “palavras mortas em nosso estatuto”, pelo contrário, devem ser práticas vivas no cotidiano de todos.
Wrana Maria Panizzi também falou sobre o contexto de criação da Iniciação Científica, citando o surgimento do CNPq, em 1951, as transformações oriundas com a Segunda Guerra Mundial, do processo de industrialização, da transformação do valor da tecnologia. A pesquisadora citou marcos, como a criação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), nos anos 80. “A bolsa acadêmica tem uma importância ímpar na vida do estudante; já está comprovado: o aluno que teve iniciação científica na escola tem maior domínio do conhecimento, ele vai terminar antes suas dissertação de mestrado ou mesmo conquistar uma posição melhor no mercado de trabalho”. A pesquisadora falou sobre a intenção de criar bolsas acadêmicas especialmente voltadas para os Institutos Federais, atendendo a reivindicação do Fórum de Reitores.
Presente na abertura, o reitor do IFPR, professor Alipio Leal, afirmou que a educação não é só o ato de transmitir conhecimento, mas também o ato de produzir conhecimento. “Estamos em um processo de aprendizado, precisamos de novos espaços, tanto dentro do CNPq quanto da Capes, pois temos um fazer diferente, um fazer voltado para a pesquisa aplicada, uma prática que se preocupa com as soluções concretas para as comunidades que mais precisam”, disse agradecendo o empenho de todos para a realização do evento. Espero que vocês aproveitem muito; trabalhem bastante, mas não deixem de se divertir: educação, esporte, lazer e cultura é o que desejamos. Muito obrigado pela presença de todos”.
O Diretor Geral do Campus Foz do Iguaçu, Luiz Carlos Eickstein, fez um agradecimento especial ao Diretor brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, pelo apoio que tem dado ao Campus Foz e na concretização da Jornada. O professor também propôs uma reflexão sobre o encontro.“Por que uma Jornada? Nós humanos buscamos conhecimento por uma carência, o homem precisa de assunto para se relacionar com os outros. Vivemos em um mundo que exige cada vez mais conhecimento. Esse conhecimento precisa ser socializado, ele precisa ser divulgado, então é com o intuito de trocar experiências que estamos aqui”, disse.
A pró-reitora de Ensino Pesquisa e Pós-graduação do IFPR, professora, Neusa Rosa Nery de Lima Moro, também citou a importância em se compartilhar experiências. “Precisamos produzir e publicizar nossas práticas; o conhecimento tem validade na medida em que é colocado à disposição de todos”, afirma.
Também estiveram presentes compondo a mesa de autoridades a diretora de Pesquisa e Pós-graduação do IFPR e coordenadora do evento, professora Maria Angelica Nunes Pizani e o Pró-reitor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Luiz Nakamura Júnior.
Durante o evento também foi lançado oficialmente o Livro de Normas para Apresentação de Trabalhos Acadêmicos do IFPR, uma obra importante que além de padronizar os trabalhos, contribui para a facilitação do acesso ao conhecimento. A obra é de autoria dos professores Carmen Ballão Watanabe, Eutália Cristina do Nascimento Moreto e Renato Roxo Coutinho Dutra.
(fotos: Levi Ker)
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