quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Observatório da Rede Federal é tema de debate durante a III Jornada de Produção Científica

O professor Sérgio Luiz Alves de França, do Instituto Federal do Rio Grande do Norte e da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), ministrou palestra sobre “Pesquisa e Territorialidade” nos Institutos Federais. O encontro ocorreu na manhã desta quarta-feira (01), último dia da III Jornada de Produção Científica da Educação Profissional e Tecnológica.

O professor fez um apanhado histórico contextualizando os principais aspectos de atuação Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, que integra todos os IF´s, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), as Escolas Técnicas, Agrotécnicas e os Cefet´s. Para França, as mudanças implementadas nos últimos anos na Educação Profissionalizante fazem parte de um “Projeto de Nação”, uma política mais ampla envolvendo diversos setores da sociedade. “O conhecimento é a grande arma para qualquer país ser soberano, por isso, o Brasil desenvolveu um projeto muito claro na área de educação”, destaca.
A superação das desigualdades sociais e do abismo existente entre algumas regiões do país constituem a base desse projeto de nação. Segundo o professor, os IF´s foram pensados para atuarem com foco na justiça social, para serem ágeis e eficazes em oferecer respostas às demandas sociais. “Os institutos devem se fomentadores do diálogo dentro de seu território, ouvir o que todos os segmentos da sociedade têm a dizer e trabalhar com esses dados”, afirma.

A noção de “territórios” defendida pelo professor Sérgio Luiz Alves de França abarca a ideia de um desenvolvimento que respeite as diversidades entre todas as regiões do país - seriam ações com base nos chamados “Arranjos Produtivos Locais (APL´s). “Não tem sentindo as instituições atuarem sem conhecer o território em que estão inseridas”, diz.

Para aprimorar o conhecimento dos territórios em que cada IF atua, a Setec, em parceria com o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica (Conif), criou o Observatório da Rede Federal. “O Observatório é o grande articulador de uma rede de pesquisa, documentação e informações de referência que promove, desenvolve e consolida a reflexão e compreensão de forma atualizada, permanente e contextualizada sobre as diversas dimensões e dinâmicas do território”, explica França.

Os Observatórios irão subsidiar a Rede Federal na formulação de políticas públicas de ensino, servindo de orientação para a criação ou extinção de cursos. “Precisamos fazer o acompanhamento de egressos; se ao formar uma turma observamos que 90% dos ex-alunos mudaram a área de atuação após a conclusão do curso, o que isso significa?”, questiona. O Observatório irá trazer informações, elementos textuais e gráficos, em diversos níveis territoriais (municipal, microrregional, mesorregional, estadual, regional e nacional), com uma radiografia que expõe os aspectos referentes ao mundo do trabalho, às políticas de desenvolvimento, à caracterização social, econômica e cultural das regiões, às vocações e potencialidades existentes.

Observatório está desenvolvendo as metodologias iniciais, que serão entregues ao Conif para que seja estruturado um cronograma de atividades e a elaboração de orientações sobre como utilizar e participar o Observatório. Em breve todas as instituições serão informadas sobre os procedimentos necessários.





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